A Scania potencia o conhecimento e consumo do HVO

21 outubro 2024
4min.

 O acrónimo HVO representa uma das soluções que nos permitem alcançar uma mobilidade mais sustentável. Trata-se de um gasóleo produzido a partir de resíduos, como óleos alimentares usados e gorduras animais. O resultado consiste numa redução das emissões de CO2 até 95%.

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HVO é o acrónimo de "Hydrotrated Vegetable Oil", (óleo vegetal hidrotratado), referindo-se ao processo de hidrotratamento pelo qual um resíduo lipídico é convertido em combustível para motores diesel. Quais são esses resíduos? Os óleos alimentares usados e as gorduras animais constituem a matéria-prima utilizada para a sua produção.

Tal resulta na produção de um gasóleo sem a utilização de recursos fósseis, significando uma redução das emissões de CO2. A percentagem desta redução dependerá das matérias-primas utilizadas no seu fabrico e do processo. Por exemplo, se as matérias-primas forem gorduras animais, a redução das emissões de CO2 será entre 75 e 90% comparativamente com o gasóleo fóssil; uma percentagem que aumenta para 80-95% no caso da utilização de óleos alimentares usados como matéria-prima.

“O compromisso da Scania com a sustentabilidade é forte. O HVO é uma ferramenta fundamental na nossa estratégia para oferecer aos nossos clientes uma opção que não só é eficiente, como também responde às necessidades ambientais atuais. Todos os nossos motores estão certificados para a utilização de HVO sem qualquer modificação, o que nos permite estar ainda mais perto dos nossos clientes, ajudando-os a reduzir a sua pegada de carbono sem alterar a sua operação”, explica Roberto San Felipe, diretor comercial de camiões, pré-venda e logística da Scania Ibérica.

As vantagens

 Na prática, a utilização do HVO é idêntica à do diesel tradicional, mas com o  benefício que temos observado da redução das emissões de CO2. A qualidade deste gasóleo é garantida por uma norma estabelecida, tornando-o adequado para utilização em veículos.

São utilizados resíduos para a sua produção, solucionando um problema de gestão de resíduos e conferindo-lhes um valor, convertendo-os em matérias-primas. Outra vantagem reside na flexibilidade da sua produção, uma vez que o HVO pode ser puro ou misturado em diferentes proporções com o gasóleo convencional.

E os desafios

O primeiro desafio consiste na disponibilidade de matérias-primas para a sua produção e no custo um pouco mais elevado da produção do HVO comparativamente com o diesel convencional. No entanto, a rápida expansão e as economias de escala estão a conseguir reduzir este custo.

As diferentes empresas multienergéticas apostam neste tipo de biocombustível, disponibilizando-o num número cada vez maior de estações de serviço, uma vez que tanto as redes de distribuição como as de abastecimento não necessitam de qualquer modificação. Por exemplo, a Repsol tem mais de 500 estações de serviço nas principais cidades e corredores de transporte da Península Ibérica. Com 479 estações em Espanha e 48 em Portugal, a empresa multi-energia continua a expandir a sua rede de estações com combustíveis renováveis com o objetivo de terminar o ano com mais de 600 e terminar 2025 com 1.500.

Um compromisso

Na Scania, todos os motores atuais estão certificados para utilizar o HVO como combustível, puro ou em qualquer proporção, sem necessidade de qualquer modificação ou visita à oficina. O veículo não sofre qualquer alteração, nem mesmo a nível de manutenção, que é a mesma dos veículos a diesel fóssil.

O aumento do número de pontos de abastecimento HVO em Espanha e na Europa torna este combustível renovável numa opção real, viável e crescente para um transporte cada vez mais sustentável.

PR


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