Competição
22 janeiro 2018

Team Peugeot Total vence Dakar 2018

Após 8793 km de dunas, passagens de montanha, pistas pedregosas e os mais variados perigos ao longo do Peru, Bolívia e Argentina, a dupla formada por Carlos Sainz/Lucas Cruz proporcionou ao Peugeot 3008DKR Maxi uma magnífica vitória na 40ª edição do Rali Dakar. Este terceiro sucesso consecutivo para o Team Peugeot Total no mais duro rali do mundo, faz o paralelo com o sucesso comercial do SUV Peugeot 3008, eleito “Carro do Ano” em 2017.

Performance e Fiabilidade

O percurso da 40ª edição do Dakar provou ser particularmente exigente no capítulo da mecânica. Cumprindo integralmente este teste absolutamente demolidor de quase 9.000 km, o Peugeot 3008DKR Maxi não apenas ganhou sete das 13 etapas como também demonstrou um notável nível de fiabilidade. Os únicos problemas ocorridos resumem-se a ligeiras situações relacionadas com a caixa de velocidades, sendo que a razão da desistência do Peugeot 3008DKR nº306 nada teve que ver com problemas técnicos. Os novos pneus BF Goodrich deram provas de uma extrema resistência às exigências do terreno sul-americano, enquanto que os lubrificantes TOTAL asseguraram a máxima performance dos motores, não obstante as tremendas dificuldades colocadas pela altitude e pelo clima. 

A vingança de "El Matador"

Carlos Sainz e Lucas Cruz não tiveram muita sorte nas três edições anteriores do Dakar, mas ripostaram da melhor forma possível. Tendo demonstrado um andamento magistral desde o início, a dupla espanhola demonstrou a sua performance e consistência aos comandos do Peugeot 3008DKR Maxi nº303. Das 14 Etapas do rali, Sainz e Cruz venceram a ES6 e a ES7, alcançando a liderança na Etapa Maratona, posição que não mais largaram. Os vencedores do Rali Dakar de 2010 estavam, mais uma vez, no primeiro lugar do pódio à chegada a Córdoba, com uma vantagem de 43min40s sobre os seus rivais. Esta vitória sublinha o seu implacável empenho no projecto da Peugeot nos rali-raides, colocando toda a sua competência e talento no desenvolvimento, preparação e afinação dos carros DKR. 

As atribulações de “Mr. Dakar”

Stéphane Peterhansel e Jean-Paul Cottret, vencedores do Dakar em 2016 e 2017 com a PEUGEOT, tiveram um rali recheado de acção, com dois infelizes reveses. Na ES7 (de um total de 14), a equipa nº300 teve de se desviar para evitar a colisão com um quad parado no meio da estrada e destruiu a suspensão traseira do lado esquerdo ao embater numa rocha que não estava à vista. Depois, no início da ES13, os vencedores do Dakar em título embateram numa árvore, o que danificou a direcção assistida do seu carro. Em ambas as situações, os seus colegas de equipa Cyril Despres/David Castera ajudaram nas reparações, o que permitiu seguirem o seu caminho. Estes contratempos valeram-lhes a perda do segundo e, em seguida, do terceiro lugar na Classificação Geral. Mesmo assim, terminaram na quarta posição após terem dado provas que são a formação mais rápida de toda a “armada” do Team Peugeot Total, ao vencerem três Etapas. 

Despres/Castera: Rápidos e de Confiança

A primeira formação do Team Peugeot Total a vencer uma Etapa do Dakar 2018 foi a dupla constituída por Cyril Despres e David Castera, que tomou a liderança à Geral no final da ES2, demonstrando enormes progressos em termos de performance. Infelizmente, as ambições dos dois ex-pilotos de motos foram por desfeitas por uma pedra saída da estrada ao km 180 da ES4. Este incidente destruiu a suspensão traseira do lado direito do carro, deixando a equipa parada no seu caminho. Com a ajuda do camião de assistência do Team Peugeot Total, também inscrito na competição, a dupla do Peugeot 3008DKR Maxi nº308 conseguiu continuar em prova, mas com um grande atraso. A partir daí, numa demonstração do mais nobre e incrível espírito de equipa, Despres e Castera dedicaram-se inteiramente a ajudar os seus colegas de equipa, sem deixar de rubricar excelentes tempos cronometrados nas Etapas, sempre que as oportunidades surgiram (como nas ES8 e ES11). Em resultado da sua penalização de 29 horas, Cyril Despres e David Castera classificaram-se bem mais para trás, uma posição que não é representativa do seu verdadeiro nível de performance.    

Loeb travado à força

Depois de terem terminado o Dakar 2017 no segundo lugar, a apenas cinco minutos dos vencedores, Sébastien Loeb e Daniel Elena arrancaram para o evento deste ano com o claro objectivo de vencer. Protagonizaram um excelente início de rali no Peru, apesar de um percurso maioritariamente constituído por dunas e condução fora de pista, o que não jogava a seu favor. Venceram a ES4 em grande estilo, uma das Etapas mais difíceis do actual Dakar sul-americano. Infelizmente, no momento em que se encontravam no segundo lugar à Geral, foram forçados a desistir na ES5, entre San Juan de marcona e Arequipa, no Peru. O seu Peugeot 3008DKR Maxi caiu numa enorme poça de areia fina e solta, quando tiveram de se desviar para evitar embater noutro concorrente que tinha ficado preso na areia. O impacto causou a Daniel Elena a fratura do cóccix, tornando impossível a sua continuação em prova.

O mais recente capítulo de uma história de sucesso 

A vitória deste ano do Team Peugeot Total complementa a já impressionante história de recordes vitoriosos no Dakar, constituindo a sétima vitória da marca em oito participações! Eis uma resenha de tudo o que a Peugeot já alcançou no Dakar:

1987: Vitória para Vatanen/Giroux (205 T16 Grand Raid)

1988: Vitória para Kankunen/Pironen (205 T16 Grand Raid)

1989: 1º e 2º lugares para Vatanen/Berglund e Ickx/Tarin (405 T16 Grand Raid)

1990: 1º, 2º e 3º lugares para Vatanen/Berglund (405 T16 Grand Raid), Waldegard/Fenouil (405 T16 Grand Raid) e Ambrosino/Baumgartner (205 T16 Grand Raid)

2016: Vitória para Peterhansel/Cottret (2008DKR)2017: 1º, 2º e 3º lugares para Peterhansel/Cottret, Loeb/Elena e Despres/Castera (3008DKR)2018: Vitória para Sainz/Cruz (3008DKR Maxi)

O Dakar 2018 em números:
Países visitados: Peru, Bolívia e Argentina 

Quilómetros percorridos: 8793 km, dos quais 4047 km cronometrados, ao longo de 14 Etapas e 13 Especiais

Vitórias em Etapas: 7 para o PEUGEOT 3008DKR Maxi, em 13 Etapas cumpridas. 3 para Peterhansel/Cottret (ES5, ES8 e ES10) 2 para Sainz/Cruz (ES6 e ES7)1 para Loeb/Elena (ES4)

1º e 2º lugares e 1º, 2º e 3º lugares: quatro 1º- 2º (ES2, ES4, ES6 e ES8), incluindo dois 1º-2º-3º (ES2 e ES4)

Comandantes do Rali: Despres/CAstera (ES2), Peterhansel/Cottret (ES3 eES6) e Sainz/Cruz (ES7 e ES14)

Velocidade máxima: 195 km/h (Despres/Castera, ES3)

Velocidade média mais elevada: 108 km/h (Sainz/Cruz, ES6)

Temperatura ambiente mais elevada: 35º (ES13)

Temperatura ambiente mais baixa: 6º (ES6)

Altitude máxima mais elevada: 4786m (ES8, Uyuni-Tupiza)

A caminho das competições eléctricas
Esta foi a última participação da Peugeot no Dakar. A Peugeot Sport vai agora concentrar-se no Campeonato do Mundo FIA de Rallycross (WorldRX). A temporada arranca a 14 e 15 de Abril, em Barcelona, com Sébastien Loeb aos comandos de um dos Peugeot 208 WRX inscritos. Ao mesmo tempo, a PeugeotSport vai também preparar o futuro Campeonato “Eléctrico” de Ralycross de 2020. Isto implicará a substituição do actual PEUGEOT 208 de estrada por uma futuro versão 100% eléctrica. 

PR

C Sainz - Vencedor Dakar 2018

Carlos Sainz

C Sainz - Vencedor Dakar 2018

Carlos Sainz - Vencedor Dakar 2018

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