A Scania Ibérica prepara-se para terminar 2024 com perto de 4100 veículos vendidos, o que será um novo resultado recorde de vendas na Península Ibérica, com entregas de 3807 novos camiões e cerca de 1.164 camiões usados, assim contabilizados até ao final de novembro, o que lhes permite atingir uma participação de mercado próxima dos 14%, em comparação com 13,4% de 2023. Segundo Sebastián Figueroa, diretor-geral da Scania Ibérica, o mercado dos dois países cresceu mais de 10% e a tendência para 2025 é para manter este ciclo positivo. “Tem sido um ano rico e histórico para a Scania”, disse Figueroa, durante o tradicional almoço de Natal com os meios de comunicação social portugueses, realizado em Lisboa.
Sebastián Figueroa, que a partir de 1 de janeiro de 2025 assumirá a direção geral da Scania Argentina, deixando de exercer as atuais funções - será substituído por Martin Sorrenson -, precisou ainda que o negócio dos autocarros também correu de feição à marca, com 500 unidades vendidas (420 em Espanha e 80 em Portugal), para além de 1300 usados, razão pela qual a quota de mercado de autocarros cresceu também para os 14%.
Aquele gestor explicou que após três anos de carência de semicondutores, a situação voltou ao normal, da mesma forma que o processo de produção, o que permitiu que a carteira de pedidos fosse atendida, crescendo com isso as encomendas. Outra rqazão para tal sucesso tem a ver com o preço das unidades elétricas. Segundo foi dito pelo diretor comercial, o preço de referência para um trator BEV para aquisição por frotas, e que começou por ser de 342 mil €, já baixou para 242 mil €, o que representa uma melhoria significativa no TCO do veículo.
Fábrica na China
Sobre o que trará o novo ano, Sebastián Figueroa admitiu que muitas mudanças, seja pela continuação da eletrificação, pelo reforço da conectividade, os veículos autónomos e a regulação europeia, a agenda ESG e a tensa situação política mundial. Mas também o início da produção na fábrica da China, no final de 2025. Aquela unidade está preparada para produzir 30 mil camiões, com destino ao mercado asiático, libertando toda a produção feita na Europa (Suécia, Holanda e França), que será destinada ao próprio continente. A unidade de São Paulo (Brasil) produzirá para a América Latina.
Como objetivos prioritários, destacou o reforço da atenção ao cliente, a excelência das operações, a digitalização e a tecnologia. “Há muito que arrancámos, de forma pioneira, com autocarros e camiões a gás, também com híbridos, igualmente um pioneirismo, e elétricos de grande autonomia. Até 2025, toda o processo de produção tem que baixar mais 20% de gases com efeito de estufa e estamos em linha com as metas de redução de emissões estabelecidas pela UE entre 2025 e 2035”, destacou Figueroa, precisando que a regulação europeia não deverá reconhecer o diesel HVO como biocombustível antes de 2027, obrigando a marca a priorizar outras soluções no curto prazo, como serão a eletrificação e o gás.
O sucesso do Super
Roberto San Felipe, diretor comercial para camiões da Scania Ibérica, voltou a realçar impacto da nova gama Super para os resultados obtidos em 2024. “Superámos a estimativa inicial de poupança de combustível em 8%, pois atingimos mesmo os 12%. “Um sucesso que consideramos fundamental para mais uma conquista do prémio Green Truck, o que já aconteceu em nove vezes, sete das quais consecutivas. Graças a tais inovações, a Scania incrementou em 15% as entregas aos clientes”, disse o diretor comercial.
O que também está a correr de acordo com as expetativas da marca são os testes que estão a ser realizados pelos clientes da Scania Ibérica com o trator elétrico R45, numa exigente rota de 400 km entre Madrid e Saragoça, que inclui uma paragem intermédia para recarregar baterias. “As primeiras impressões de quem já realizou o teste são muito impressivas e bastabte positivas. Ainda ninguém ficou sem bateriqa pela caminho, nem cremos que isso aconteça”, gracejou aquele responsável.
Daniel Norte, diretor de Serviços Scania Ibérica, destacou a enorme evolução que sofreu a conectividade dos veículos Scania, através da ferramenta MyScania, que já chegou a mais de 680 mil veículos, facultando aos clientes tirar o máximo partido da enorme quantidade de dados gerados pelos veículos de última geração.
Foi também referido que os contratos de manutenção e reparação continuam a aumentar a sua quota de penetração entre as diferentes gamas, sobretudo na Super, onde já ultrapassam os 70%, bem como o enorme potencial da manutenção preditiva, que permite à marca antecipar até o momento em que a falha possa ocorrer.
CB