Transporte Ferroviário
08 março 2021

Estações da Linha de Cascais vão ser modernizadas

É o último dos concursos públicos para a modernização da Linha de Cascais até 2023. No total, a modernização da Linha de Cascais, a cargo da Infraestruturas de Portugal (IP), deverá custar 75,6 milhões de euros.

Em comunicado, a IP informa que o objectivo é a "melhoria das condições de acesso às plataformas, do conforto, comodidade e qualidade do serviço prestado aos milhares de utentes que diariamente utilizam a Linha de Cascais". Entre os trabalhos previstos estão: a remodelação dos pavimentos com a instalação de faixas coloridas e tácteis em todas as plataformas e percursos pedonais que permitam a todos as pessoas, independentemente das suas condições de mobilidade, utilizarem a Linha de Cascais; reformulação de rampas já existentes e criação de novas rampas para acesso directo ao interior das carruagens dos comboios; substituição da sinalética em todas as estações e apeadeiros; melhoria dos abrigos e coberturas existentes, relocalização ou construção de novos; instalação de ascensores em algumas estações para criar alternativas mais cómodas e seguras para pessoas com mobilidade condicionada; reabilitação pontual dos edifícios; remodelação da iluminação das plataformas e acessos com tecnologia LED; criação de parque de estacionamento dissuasor na estação de Paço de Arcos.

Nos próximos dois anos serão críticos na Linha de Cascais porque vão coexistir várias empreitadas. Uma das intervenções mais importantes é a mudança da tensão daquela linha de 1500 volts para os 25 mil volts em corrente alternada, valor que é comum no resto da rede ferroviária. A Linha de Cascais é actualmente a única linha portuguesa com uma tensão diferente, o que faz com que só determinados comboios possam nela circular. A CP vai substituir os 31 comboios da Linha de Cascais por novos veículos suburbanos que irá comprar com a ajuda da famosa "bazuca europeia". Serão, ao todo, 61 novos comboios suburbanos, 55 regionais e 12 composições de longo curso, num total de 129, todos eléctricos.

Numa fase transitória, os novos comboios da Linha de Cascais terão de estar equipados com bi-tensão para funcionarem também nos actuais 1500 volts, de modo a que nem as novas carruagens nem as antigas fiquem encostadas durante a mudança. A mudança na tensão da Linha de Cascais, a primeira linha electrificada do país, pode fazer a CP poupar 1,5 milhões de euros por ano em energia eléctrica uma vez que "a corrente alternada tem um custo inferior à corrente contínua e porque os novos comboios, durante as frenagens, libertam energia eléctrica que é devolvida à catenária".

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