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02 agosto 2019

SNMMP pede nova reunião

Em declarações à RTP3, no programa Grande Entrevista, Pedro Pardal Henriques explicou que pediu uma nova reunião "para tentar um acordo e assim evitar a greve" dos motoristas e adiantou ainda que esta "foi informalmente aceite pelo Ministério das Infra-estruturas" e deverá realizar-se na próxima segunda-feira, 5 de Agosto. "Há sempre a hipótese de a greve ser desconvocada, estamos sempre dispostos a negociar", garantiu Pedro Pardal Henriques, que também é advogado.

Já a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias emitiu ontem um comunicado, onde afirma que a 5 de Agosto "irá participar numa reunião no Ministério das Infra-estruturas e da Habitação, apenas e só com a FECTRANS", com o propósito de "tratar vários temas de interesse comum para empresas e trabalhadores relacionados, sobretudo, com as cargas e descargas". Acrescenta ainda que "ao contrário daquilo que tem vindo a ser divulgado, a ANTRAM não foi convocada para mais nenhuma reunião no Ministério, desconhecendo se o SNMMP e/ou o SIMM terão solicitado a mesma ou até se serão recebidos por aquele Ministério".

Já a Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas (ANTP) esteve ontem reunida com o secretário de Estado das Infra-estruturas, tendo pedido este encontro para saber o ponto de situação das negociações com os representantes dos motoristas e também para exigir fazer parte das negociações.

Em declarações à Lusa, o presidente da ANTP, Márcio Lopes, afirmou ter tido garantia do Governo de que esta associação vai ser chamada para participar na próxima reunião negocial, para a qual não foi apontada nenhuma data.

"Para negociarmos com os sindicatos, primeiro temos de negociar com o Governo para encontramos soluções para o sector", precisou o presidente da ANTP, sublinhando a necessidade de ser criada regulamentação que ajude a garantir a sustentabilidade das empresas.

Apesar da garantia de que a ANTP vai ser ouvida nestas negociações, Márcio Lopes não descarta a possibilidade de uma paralisação. "Poderá, juntamente com a greve dos motoristas, haver uma greve dos transportadores. Tudo está em aberto", precisou para sublinhar "que o Governo devia fazer mais".

A greve convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), que começa a 12 de Agosto, por tempo indeterminado, ameaça o abastecimento de combustíveis e de outras mercadorias.

Os representantes dos motoristas pretendem um acordo para aumentos graduais no salário-base até 2022: 700 euros em Janeiro de 2020, 800 euros em Janeiro de 2021 e 900 euros em Janeiro de 2022, o que com os prémios suplementares que estão indexados ao salário-base, daria 1.400 euros em Janeiro de 2020, 1.550 euros em Janeiro de 2021 e 1.715 euros em Janeiro de 2022.

O Governo terá que fixar os serviços mínimos para a greve, depois das propostas dos sindicatos e da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) terem divergido entre os 25% e os 70%, bem como sobre se incluem trabalho suplementar e operações de cargas e descargas.

 

Com LUSA/Foto: Nigel Tadyanehondo

 

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