A EMEL, Empresa de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa, está a ponderar acabar com a gratuitidade total concedida aos veículos automóveis 100% elétricos nos lugares de estacionamento tarifados na cidade, e sem limite de tempo, admitiu o presidente da empresa, Carlos Silva, durante a conferência ESG nos Transportes, realizada em Lisboa, a 29 de outubro, iniciativa das revistas EUROTRANSPORTE e eMOBILIDADE+ e IPLuso/ESCAD.
Segundo Carlos Silva, que falava sobre o “financiamento da mobilidade aliada à ação climática”, tal medida poderá vir a ser necessária, uma vez “dos 100 mil lugares tarifados disponíveis na cidade cerca de 27 mil são ocupados por aqueles veículos elétricos”, veículos que não são exclusivamente de residentes, e na maioria dos dias da semana. O presidente da EMEL precisou que, para uma melhor mobilidade na cidade, é suposto haver maior rotação na disponibilidade de lugares, situação que não se verifica quando se trata de veículos elétricos, que permanecem naqueles lugares durante muitas horas por dia.
Para Carlos Silva, a empresa está a ponderar acabar com tal gratuitidade, havendo a possibilidade de passar a cobrar-lhes algo pelo espaço ocupado, eventualmente com tarifas mais baixas que as aplicadas aos veículos de combustão.
Atualmente, os veículos elétricos podem aceder aos lugares tarifados na via pública sem o pagamento da tarifa de estacionamento e sem limite de tempo, desde que tenham o dístico verde visível no veículo, indispensável para comprovar que o veículo é 100% elétrico, e que pode ser requerido à EMEL. Tal dístico tem a validade de um ano e o valor dos emolumentos é de 12€.