A redução dos tarifários dos transportes públicos e a gratuitidade de alguns títulos em algumas redes concelhias mereceu consenso e aplauso dos 20 oradores e especialistas em transportes e académicos convidados para discutir o tema “A Gratuitidade nos Transportes Públicos”, conferência realizada no dia 13 de março no auditório Ruy de Carvalho, em Carnaxide, Oeiras, município que se associou à sua organização, a cargo das revistas EUROTRANSPORTE e eMobilidade+ e da Parques Tejo.
Em súmula, os participantes assentaram que as medidas que têm vindo a ser adotadas pelas autoridades que regem os serviços públicos de transporte de passageiros, bem assim com os instrumentos financeiros de apoio fomentados pelo Governo devem ser ainda mais visíveis, mais bem comunicadas e os meios reforçados, da mesma forma que se torna cada vez mais necessário ter Planos Metropolitanos de Mobilidade Sustentável que tenham maior alcance às zonas do interior de menor densidade populacional e que possam cerzir os municípios entre si, gerando a maior integração das redes e conexões modais.
O novo paradigma dos transportes públicos, descrito como uma “revolução”, tem muito mais a desenvolver e a melhorar, e apesar do número crescente de utentes, foi voz comum a necessidade de atrair mais cidadãos ao transporte coletivo, para a urgente melhoria ambiental, retirando o transporte privado das estradas e arruamentos. Mas para isso haverá que dar mais qualidade e conforto aos transportes públicos, regularidade e previsibilidade de horários e frequências. Sendo que menos tempo perdido em deslocações será sinónimo de atração de novos e mais utentes.
A gratuitidade dos títulos segmentada não deve voltar atrás, poderá mesmo ser alargada a mais territórios e a outros grupos de utentes mais necessitados, mas não pode ser entendida como um fim, mas apenas um meio. Em todos os grupos de discussão ouviu-se que a gratuitidade é bem-vinda, mas garanti-la, de forma universal, e todos, requer meios que não estão ainda ao dispor do país. Daí que seja necessário procurar novas formas de financiamento, que não passem apenas pelo Orçamento do Estado e de programas europeus de apoio.
A reportagem completa poderá ser lida nas próximas edições das revistas EUROTRANSPORTE e eMobilidade+. Aceda aqui à galeria de imagens