A AMT – Autoridade da Mobilidade e dos Transportes vai apresentar, no próximo dia 8 de abril (09h30), no Auditório da Sede da Ordem dos Engenheiros (Lisboa), dois estudos com importantes contributos para o combate à pobreza da mobilidade em territórios com menor densidade populacional e com menos oferta de soluções de transporte e mobilidade.
Na Conferência “Combate à Pobreza da Mobilidade”, a AMT vai apresentar os seguintes estudos, realizados pelo regulador do ecossistema dos transportes e mobilidade:
- O Estudo sobre Serviço Público de Transporte de Passageiros Flexível em Portugal
- O Estudo Preliminar sobre Mobilidade Integrada no Eixo da Beira Interior
Para além da apresentação dos dois estudos, a Conferência contará ainda com momentos de debate, num dia que se pretende ser de aprendizagem conjunta e que possa trazer valiosos contributos para a atuação da AMT, mas também para todos os stakeholders do ecossistema da mobilidade e dos transportes.
O Programa do evento está já disponível no site da AMT, AQUI.
As Inscrições para participação devem ser feitas AQUI.
Sobre o Estudo “Serviço Público de Transporte de Passageiros Flexível em Portugal
O transporte de passageiros flexível tem-se consolidado como uma alternativa fundamental para suprir as lacunas dos transportes regulares, sobretudo em territórios de baixa densidade populacional ou em espaços periurbanos, onde a densidade populacional não justifica a implementação de uma oferta de transporte público. Serve a população idosa ou com mobilidade condicionada, facilitando o acesso a serviços essenciais, mas também a população ativa, oferecendo ligações diretas ao transporte regular em horários ou locais de baixa procura.
É uma solução que existe em muitos países da Europa e do mundo, em regiões que enfrentam o mesmo tipo de desafios, e que tem sabido recorrer às tecnologias digitais para otimizar rotas e horários. Estão em curso vários projetos piloto para testar a utilização de veículos autónomos.
O enquadramento deste modelo de transporte em Portugal foi formalizado pelo Decreto-Lei n.º 60/2016, de 8 de setembro, permitindo a adaptação do serviço às necessidades reais da população.
Neste estudo, a AMT analisa a atual implementação deste modelo de transporte a nível nacional e com exemplos de benchmarking internacional e formula um conjunto de recomendações para a sua melhoria, tendo como base de análise e avaliação a prestação de serviço público de transporte de passageiros flexível em quatro comunidades intermunicipais: CIM Região de Leiria, CIM Região de Coimbra, CIM Viseu Dão Lafões e CIM Médio Tejo.
Sobre o “Estudo Preliminar Sobre Mobilidade integrada da Beira Interior”
Nesta Conferência, será ainda apresentado o Estudo Preliminar sobre Mobilidade Integrada na Beira Interior, o qual servirá de base para a execução de um Projeto liderado pela AMT e que conta com cinco municípios da Beira Interior como parceiros: Guarda, Belmonte, Covilhã, Fundão e Castelo Branco.
Depois de, em novembro passado, ter sido feita a apresentação pública dos fundamentos e dos objetivos do Projeto-Piloto de Mobilidade Integrada da Beira Interior, este é o momento para dar um passo decisivo rumo à implementação deste verdadeiro sistema de mobilidade integrado para pessoas, território e economia dos cinco municípios envolvidos, contribuindo para a coesão social, económica, ambiental e territorial.
Recorde-se que, com este Projeto-Piloto, a AMT pretende construir um modelo que contribua para a criação de serviços e infraestruturas de mobilidade e transporte numa zona de baixa densidade populacional e com grandes desafios para cidadãos e empresas, modelo esse que poderá depois ser replicado – com as necessárias e devidas adaptações – a outros territórios de baixa densidade e de densidade dispersa.