Entrada da Ford Trucks em Portugal tem sido uma viagem incrível
Foi em Outubro de 2019 que a Ford Trucks Portugal entrou no mercado dos camiões com o seu F-Max e logo trouxe consigo o selo de Camião Internacional do Ano 2019.
Volvido pouco mais de um ano, a empresa começa a dar passos de solidez em território nacional, assim como prospera na venda do F-Max, que parece ter sido bem aceite pelos operadores de transporte de mercadorias.
Mas para aquilatar do actual estado de evolução da empresa, a EUROTRANSPORTE chegou à fala com o CEO da Ford Trucks Portugal, Bruno Oliveira.
Como tem decorrido o processo da entrada da Ford Trucks em Portugal?
Tem sido uma viagem incrível. Não podemos estar mais satisfeitos e orgulhos pela receptividade e confiança do mercado na nossa marca e projecto. A equipa está com a motivação em alta e quando é assim, torna-se mais fácil manter o foco e consequentemente atingir os objectivos.
As vendas atingiram as expectativas? Quais os números de vendas?
Estamos muito acima das expectativas iniciais para o ano zero. No acumulado deste ano, a nossa performance está com uma quota de mercado nos tractores de 3,2%, onde o nosso objectivo inicial era 1,5%. De realçar que estes números são obtidos sem vendas a grandes frotas, pelo que ainda torna este desempenho mais desafiante.
Quais as maiores dificuldades com que se depararam para entrar no mercado nacional?
A maior dificuldade é sempre conseguir a confiança dos clientes, porque se trata de uma marca e organização nova na Europa Ocidental. Mas depois de conhecerem a equipa e o projecto conseguimos o voto de confiança necessário para concluir a venda.
As metas iniciais, em termos de estruturas físicas (oficinas), foram alcançadas?
Também neste ponto, tivemos de acelerar. Isto é, vamos terminar 2020 com rede de após-venda em Loulé, Alverca do Ribatejo, Meirinhas (Centro), Albergaria-a-Velha, Viseu e Maia (Porto).
O pós-venda está a funcionar em pleno?
Sim. Está a funcionar em pleno e “felizmente” com pouco serviço. Os veículos têm demonstrado uma fiabilidade incrível e trabalhamos para o objectivo do “downtime zero” e como as nossas FMax fazem a manutenção a cada 150.000km estamos agora a fazer as primeiras manutenções programadas.
Após um ano em Portugal, que balanço se pode fazer da Marca?
O melhor possível e com os olhos colocados no futuro. Pretendemos fazer um “Close-Strong” este ano e começar o 2021 com um “Fast-Start”. Estamos a provar que o mercado tem espaço para mais um player. Estatisticamente, como o mercado não cresceu, antes pelo contrário, sempre que fazemos uma venda, “alguém” deixou de vender.
Portugal está a ser um “case study” na entrada da Ford Trucks na Europa Ocidental. Estamos a seguir a nossa estratégia inicial, definida antes o nosso arranque. Como não tivemos necessidade de fazer ajustes ao plano inicial, mesmo neste ano completamente atípico, tivemos mais tempo disponível para a concretização de negócios e simultaneamente estar presente junto dos nossos parceiros, que no nosso caso são os clientes. Vamos continuar com a nossa estratégia e colocar mais energia no segmento da construção e municipais.
E sendo o futuro já amanhã, de que forma é que a Ford Trucks se está a preparar para o encarar em Portugal?
Portugal está a ser um “case study” na entrada da Ford Trucks na Europa Ocidental. Foi através do nosso país que a Ford Trucks entrou na “Champions League” dos transportes.
Por outro lado, foi com muita responsabilidade que aceitamos o convite da fábrica em sermos os representantes da Europa Ocidental no Ford Trucks International Council 2020/2022.
In Eurotransporte n.º 119