O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e o Movimento Sumar chegaram a um acordo no Congresso de Espanha para reduzir os voos domésticos em rotas que tenham uma alternativa ferroviária de menos de duas horas e meia, exceto nos casos de ligação a aeroportos centrais que estabeleçam ligações com rotas internacionais, pode ler-se no diário espanhol As.
A medida surge depois de o Governo francês ter proibido oficialmente os voos domésticos para viagens que possam ser efetuadas em menos de duas horas e meia de comboio, em maio de 2023.
A ideia foi integrada no acordo de investidura dos dois parceiros de coligação, embora em março do ano passado, durante a anterior legislatura, o Unidos Podemos já tivesse proposto eliminar os voos curtos que têm frequências de comboio de quatro horas. A proposta não legislativa, apresentada pelo partido liderado por Yolanda Díaz, instou o executivo de Madrid a rever as consequências da eliminação de voos de até três horas.
Por acréscimo, e segundo o mesmo diário, o Governo de coligação terá ainda que analisar a legislação europeia para ver se poderá restringir os voos de jatos particulares e taxar o querosene usado como combustível de aviação. De acordo com dados publicados pelo Atlas Europeu da Mobilidade da Fundação Verde Europeia, o impacto ambiental da aviação situa-se entre 5% e 8%.
A oposição já anunciou que rejeitará a proposta não legislativa da formação progressista. O Partido Popular descreve a proposta como "ineficaz", enquanto o partido de Santiago Abascal argumentou que a medida significará que os espanhóis serão "menos competitivos", além de que pressupõe um "retrocesso nos direitos e liberdades".