Foi há 25 anos que a Fertagus fez a sua primeira viagem sobre a Ponte 25 de Abril, sobre um tabuleiro ferroviário cuja obra atingiu 750 milhões de euros (então, em 1999, 150 milhões de contos). Levava no percurso inaugural António Guterres, então primeiro-ministro, João Cravinho, secretário de Estado dos Transportes, Guilhermino Rodrigues, e dos presidentes das câmaras de Lisboa, João Soares, do Seixal, Alfredo Monteiro, e de Almada, Maria Emília Sousa.
Um quarto de século depois, aquela infraestrutura mais que provou os benefícios para as populações, uma vez transportados 498 milhões de passageiros - o equivalente à população de toda a União Europeia -, cerca de 51 milhões de quilómetros - o equivalente a 1273 voltas ao globo terrestre e evitou a emissão de mais de 900 mil toneladas de CO2.
Para a administração da Fertagus, empresa concessionária do serviço ferroviário entre as estações de Roma-Areeiro( Lisboa) e Setúbal (54 quilómetros), faz um balanço "muito positivo", destacando os impactos na mobilidade e no ambiente. Citada pela agência Lusa, Clara Esquível, administradora da empresa, considera que “a Fertagus tornou-se imprescindível para a mobilidade na Área Metropolitana de Lisboa e com um contributo fundamental para a sua melhoria. Conseguimos com um serviço de grande qualidade, rápido e pontual garantir a ligação ferroviária entre a Margem Sul e Lisboa."
"Estimamos que tenhamos retirado cerca de 80 milhões de automóveis da Ponte 25 de Abril, o que também é muito significativo e um importante contributo", apontou Clara Esquível, considerando que estes números significam que se evitou a emissão de mais de 900 mil toneladas de CO2 nestes últimos 25 anos.
"Temos trabalhado sempre com o mesmo material circulante e procurado a realidade do serviço, nomeadamente esta pontualidade e a regularidade na realização do serviço", apontou ainda a administradora.
Em 2023, a Fertagus transportou cerca de 27 milhões de passageiros e só no primeiro trimestre deste ano já foram contabilizados 14,8 milhões. O prazo de concessão da travessia ferroviária do Tejo à Fertagus termina em 30 de setembro de 2024.