A MOBI.E, a entidade pública Gestora da Rede de Mobilidade Elétrica, e a ACAP, a Associação Automóvel de Portugal, assinaram um protocolo no âmbito do desenvolvimento da mobilidade elétrica em Portugal, no decorrer do evento MOBI.Connect, que juntou o ecossistema para discutir a realidade do setor e os desafios impostos pelo novo regulamento relativo à criação de uma infraestrutura para combustíveis alternativos (AFIR). O entendimento tem como objetivo o intercâmbio de informação técnica sobre veículos e a infraestrutura de carregamento de carros elétricos, com o propósito de acelerar a transição energética no setor automóvel.
Com o acordo entre as duas entidades, pretende-se a criação de um observatório que permita a partilha de informação estatística, não confidencial, fornecendo a MOBI.E dados sobre a infraestrutura de carregamento pública de veículos elétricos e a ACAP informações sobre matrículas, registos e parques automóveis. A MOBI.E compromete-se ainda a disponibilizar informação à ACAP que esclareça os seus associados relativamente ao licenciamento de postos de carregamento e o funcionamento deste mercado na vertente da infraestrutura. Para além disso, as organizações estão empenhadas em desenvolver e participar em ações públicas para a promoção da mobilidade elétrica.
Segundo Luís Barroso, presidente da MOBI.E, “este é mais um importante passo que aproxima o setor automóvel da mobilidade elétrica e que vai contribuir para a disseminação de informação relevante sobre a transição energética no setor da mobilidade”.
Hélder Pedro, secretário-geral da ACAP, destaca ainda que “a indústria automóvel tem feito investimentos significativos no que respeita à mobilidade elétrica, com a colocação no mercado de uma vasta gama de veículos. Com a assinatura deste protocolo pretendemos, por um lado, divulgar informação sobre a infraestrutura de carregamento e, por outro, promover este tipo de mobilidade”.
Neste âmbito, está também prevista a criação de um grupo de trabalho para acompanhar e concretizar a aplicação do protocolo, e ainda encontrar sinergias para atingir as metas do AFIR, que faz parte do pacote Objetivo 55, e que pretende que a UE reduza as suas emissões líquidas de gases com efeito de estufa em, pelo menos, 55% até 2030 e alcance a neutralidade climática em 2050.
PR