Este resultado decorre em grande medida da utilização de e-fuel no Astara 01 Concept, um combustível ecológico à base de hidrogénio sintético, bem como do foco de toda a equipa em tornar-se, pelo segundo ano consecutivo, a mais sustentável do Dakar. O objetivo é competir ao mais alto nível, mas com um impacto ambiental mínimo.
No final do rali, tal como ocorreu na edição do ano passado, a Astara, empresa global de mobilidade, irá medir o impacto total da sua participação em termos ambientais e colaborar com projetos de compensação de carbono para neutralizar a totalidade das suas emissões, por forma a cumprir o objetivo de participar no Dakar com uma pegada de carbono zero.
Os três pilotos da Astara Team manifestaram a sua satisfação com os resultados obtidos:
Laia Sanz: "O mundo caminha para um maior respeito pelo meio ambiente. Em outros tipos de provas pode ser mais fácil introduzir um carro híbrido ou elétrico, mas esta solução que a Astara traz ao Dakar tem provado ser válida. O e-fuel permite-nos cumprir etapas longas, com uma performance elevada, sem necessidade de fazer alterações nos carros e gerando a mínima pegada de carbono”.
Carlos Checa: "O e-fuel é uma solução muito interessante porque não obriga a alterar a mecânica nem o tipo de motor que está atualmente em utilização. Adaptar toda a frota a outra tecnologia é algo que pode levar muito tempo. Creio que esta pode ser a melhor alternativa aos combustíveis tradicionais. A sua utilização no Dakar demonstra que é perfeitamente viável”.
Óscar Fuertes: "Os combustíveis verdes são uma excelente alternativa para uma prova como o Dakar, onde a densidade energética é fundamental. O e-fuel que utilizamos, produzido a partir de fontes de energia renováveis, gera emissões de CO2 muito baixas, de quase zero. Este tem sido o nosso compromisso com a sustentabilidade desde o início, no qual continuamos focados. Este ano estamos a testar uma nova formulação e iremos compensar as restantes emissões para que, uma vez mais, a nossa presença no Dakar resulte numa pegada de carbono zero”.
Os resultados em termos de emissões serão apurados de acordo com protocolos de medição padronizados, neste caso o padrão global GHG Protocol, por ser o método mais difundido e o que serviu de base para o desenvolvimento do ISO 14064. A revisão e certificação serão realizadas pela AENOR, uma entidade independente com elevado reconhecimento nesta área.
Alargando a abrangência deste seu compromisso, a Astara vai também considerar este ano as viagens aéreas de pessoal e o transporte de veículos por barco para a Arábia Saudita (as chamadas emissões indiretas) e não apenas as emissões dos veículos em competição.