Entre Janeiro e Novembro de 2020, os portos do continente movimentaram um total de 75,09 milhões de toneladas, um valor inferior em 5,12 milhões de toneladas face a igual período de 2019, após um acréscimo de 0,2% observado em Novembro se comparado com o mesmo mês de 2019.
O desempenho global negativo observado neste período de 2020 resulta maioritariamente do comportamento de Lisboa e Leixões, com variações negativas de, respectivamente, -2,37 milhões de toneladas e de -2,06 milhões de toneladas, sendo que também Aveiro registou um significativo comportamento negativo de -572,2 mil toneladas (mt). Apenas Figueira da Foz e Faro revelam acréscimos, ambos com um movimento de carga superior em +63,6 mt face ao período homólogo.
A contribuir para o desempenho global negativo, assinala-se a forte contribuição do Carvão, dos Produtos Petrolíferos e de Outros Granéis Sólidos, registando, respetivamente, diminuições que ascendem a -2,69 milhões de toneladas, -1,84 milhões de toneladas e -632,5 mt. Estas cargas merecem particular referência dado serem determinantes na evolução global negativa do ecossistema portuário do Continente. As únicas excepções observadas prendem-se com a Carga Contentorizada e os Minérios, com a primeira a registar um acréscimo que ultrapassa um milhão de toneladas e a segunda a crescer +127,4 mil toneladas.
De salientar que a contribuição do mercado do Carvão neste desempenho é explicada pela suspensão da sua importação com desembarque em Sines, para alimentar as centrais termoeléctricas de Sines e do Pego cuja produção no período de Janeiro a Novembro de 2020 regista uma quebra homóloga de -60%, o que leva a que o movimento de Carvão em Sines registe uma diminuição de -87,7%. Acresce referir que a Carga Contentorizada em Lisboa diminui -1,68 milhões de toneladas e o Petróleo Bruto em Leixões é inferior em -1,21 milhões de toneladas.