Repsol e Navantia colaboram para descarbonizar o transporte marítimo

03 março 2022
5min.

A Repsol e a Navantia assinaram um acordo de colaboração para desenvolver soluções inovadoras para a descarbonização do transporte marítimo.

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A Repsol e a Navantia assinaram um acordo de colaboração para desenvolverem em conjunto soluções inovadoras que têm como objetivo a descarbonização do transporte marítimo. Dessa forma, as duas empresas reforçam o compromisso de acelerar a transição energética e alcançar a neutralidade de carbono, em linha com os objetivos de redução de emissões de gases com efeito de estufa (GEE) da União Europeia (EU), da ONU e da Organização Marítima Internacional.

As duas empresas avaliarão em conjunto a performance dos novos combustíveis líquidos com baixa pegada de carbono que serão fornecidos pela Repsol - biocombustíveis e combustíveis sintéticos -, em motores fabricados pela Navantia, de propulsão e de geração. Estes novos combustíveis representam uma alternativa sólida para a descarbonização do setor marítimo a curto e médio prazo, uma vez que permitiram alcançar uma redução de 100% nas emissões. O projeto centrar-se-á na avaliação da viabilidade técnica e económica desta nova tecnologia.

Neste acordo, a Repsol irá contribuir com as suas infraestruturas de investigação, a partir do seu centro tecnológico Repsol Technology Lab. As plantas-piloto e a possibilidade de troca entre laboratórios serão essenciais para a implementação deste projeto, a partir dos quais a Repsol irá desenvolver uma ampla gama de combustíveis de baixa pegada de carbono, especificamente para o transporte marítimo.
Por sua vez, a Navantia Engine Factory fornecerá o conhecimento técnico dos motores, disponibilizará as suas instalações em Cartagena para este projeto, e para bancos de ensaio e diagnóstico do equipamento para a caracterização e desenvolvimento de testes que, em conjunto com uma sociedade de classificação, vão permitir certificar a viabilidade e sustentabilidade da tecnologia.

A participação da Navantia está de acordo com o roteiro do Departamento de Energia Verde da empresa e incluirá a colaboração do Centro de Excelência em Tecnologias de Hidrogénio e Armazenamento de Energia (CEDETH), criado pela Navantia em Cartagena.

Ambas as empresas integram a iniciativa SHYNE, o consórcio multisetorial apresentado a 19 de janeiro e que reúne um total de 33 empresas, associações, centros tecnológicos e universidades para promover a descarbonização da economia através do hidrogénio renovável. A Repsol e a Navantia, através do CEDETH, irão explorar novas áreas de colaboração que tenham por base o hidrogénio.
A Repsol e a Navantia são empresas líderes, fortemente empenhadas na sustentabilidade e na transição energética. A Repsol foi a primeira empresa no setor a estabelecer o objetivo de alcançar a neutralidade carbónica até 2050. O Plano Estratégico 2021-205 reflete um percurso de descarbonização, cujos pilares fundamentais serão o reforço da geração de energia renovável, a transformação industrial e o hidrogénio renovável. Desta forma, a Repsol será capaz de transformar os seus complexos industriais em hubs multienergéticos com capacidade de fabricar produtos essenciais com uma pegada de carbono baixa, nula ou mesmo negativa. Neste sentido, a empresa tem já anunciado projetos pioneiros, tais como a construção da primeira fábrica de biocombustíveis avançada de Espanha, em Cartagena, com uma capacidade de produção de 250.000 toneladas por ano de biojet, biodiesel, bionafta e biopropano, a partir de resíduos. Além disso, a Repsol irá construir uma das maiores instalações de combustíveis sintéticos do mundo em Bilbao, em conjunto com a Saudi Aramco, o que permitirá à empresa fornecer a gama mais completa de soluções energéticas sustentáveis para o lar, e para qualquer segmento do setor da mobilidade ou da indústria.

Comprometida com a sociedade e com o ambiente, a Navantia, enquanto empresa pública e industrial e força motriz da tecnologia, promove iniciativas de colaboração para o desenvolvimento de projetos que visam a transição energética, a descarbonização e a digitalização do setor naval e do modelo de produção, contribuindo assim para o cumprimento dos objetivos de desenvolvimento sustentável acordados no Pacto Ecológico Europeu, bem como para a recuperação da economia com a criação de emprego e impulsionando o crescimento.

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