A transição para energias renováveis e mais limpas é imperativa se quisermos preservar o nosso planeta.
Nos últimos tempos, o aumento dos preços dos combustíveis fósseis, como gasolina e gasóleo, tornou-se mais um incentivo para os consumidores começarem a pensar em fazer a transição para veículos como motores elétricos.
Para quem tem negócios que fazem muitas deslocações em automóveis, como as transportadoras, os motores elétricos são uma das melhores formas de se reduzir custos de transporte e incrementar os lucros.
Proprietários de grandes e pequenos negócios já têm consciência de que as carrinhas comerciais elétricas são uma obrigatoriedade para se poupar nos gastos de combustível e manutenção.
O aumento da oferta também traz uma variedade de modelos mais acessíveis para todo o tipo de empresas.
Apesar de o investimento na compra de uma carrinha elétrica ser mais alto, o retorno é rápido para um negócio de mudanças low-cost. Com os quilómetros que as carrinhas de mudanças baratas fazem numa semana, em pouco tempo os proprietários conseguem reaver o investimento.
Para empresas de mudanças preços low cost, a autonomia é um grande factor.
No geral, ainda há muita gente reticente em relação a comprar estes automóveis pela questão da autonomia. Os primeiros modelos não permitiam fazer longas distâncias, mas a tecnologia tem ajudado nisso.
Hoje, em média, os carros elétricos fazem 300 quilómetros com uma bateria totalmente carregada. Para uma carrinha elétrica de mudanças, esta é uma distância que dificilmente percorrerá num dia de mudanças. Ou seja, com uma carrinha consegue fazer mais do que uma mudança de curta distância num dia.
Para além das vantagens para o ambiente, o que mais pesa na decisão de grande parte dos compradores destes automóveis (particulares e empresas) são os benefícios diretos nas carteiras deles.
Em comparação com as carrinhas a gasolina ou gasóleo, as elétricas tornam-se imediatamente mais baratas para os seus motoristas. Este tem sido o factor-chave para os compradores, uma vez que Portugal tem o preço da gasolina e do gasóleo mais caros da Europa.
A eletricidade é e continuará a ser mais barata do que os combustíveis fósseis. Em média, por quilómetro, paga-se 4 a 5 vezes menos em motores elétricos do que nos de gasolina.
Apenas os carros 100% elétricos estão isentos de pagar Imposto Único de Circulação (IUC). Já os motores híbridos (parte combustão, parte elétrico) continuam a ter de pagar o imposto anual.
As empresas que compram carrinhas e carros elétricos têm direito a:
A parte mecânica das carrinhas elétricas é relativamente mais simples do que dos motores a combustão, por serem compostos por menos peças. A redução de peças reduz a probabilidade de avarias e idas ao mecânico.
As seguradoras determinam o preço dos seguros com base na probabilidade de poderem causar acidentes na estrada. Os veículos elétricos ainda não têm autonomia para percorrer tantos quilómetros como os motores de combustão, logo a probabilidade de sinistralidade é menor e os seguros um pouco mais baratos.
O desenvolvimento do setor dos automóveis elétricos é promissor. Em poucos anos já se verificaram grandes melhorias a nível de autonomia e redução de custos de produção. Porém, continuam a existir algumas desvantagens.
Como referido acima, os automóveis elétricos são mais caros. Para os proprietários de negócios que dependem de uma carrinha ou uma frota de carrinhas elétricas, o desembolso inicial é alto.
Se tiver uma transportadora com várias carrinhas, pode pensar em comprar veículos usados para reduzir custos de troca da sua frota.
Esta é uma grande desvantagem para as transportadoras. Menos espaço para carga significa que a empresa tem de fazer mais viagens para fazer grandes mudanças. Porém existem vários modelos, de diferentes tamanhos. É uma questão de se adaptar.
Esta é a desvantagem mais comentada e que mais dúvidas levanta a quem não tem automóveis elétricos.
Apesar de haver cada vez mais postos de carregamento elétrico em espaços públicos, o tempo de carregamento total das baterias continua a ser longo. Se a carrinha estiver totalmente descarregada, em média leva entre 7 a 8 horas para chegar a 100%.
Não é obrigatório, no entanto, carregar-se as baterias na totalidade. A maior parte dos carregamentos diurnos são normais (1 a 4 horas) e rápidos (15 a 20 minutos).
Para proprietários particulares, o mais vantajoso é carregar a bateria na totalidade durante a noite, em casa. Já para uma empresa de mudanças, o carregamento poderia acontecer sempre entre mudanças ou à noite. Para tal, tem de comprar carregadores elétricos domésticos.