Fábrica Continental em Lousado a caminho da produção neutra em CO2

18 maio 2024
7min.

Uma caldeira elétrica inovadora pode gerar vapor a partir de eletricidade verde em substituição de gás e até 2040 a Continental pretende mudar a produção em todas as fábricas de pneus para uma produção neutra em CO2

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Desde este ano, a Continental tem conseguido produzir pneus neutros em termos de CO2 na sua fábrica de pneus em Lousado, Portugal. O fabricante de pneus deu assim um passo importante em direção ao seu objetivo de produção completamente neutra em CO2. Este objetivo só é possível graças à geração de vapor através de uma caldeira inovadora, que funciona inteiramente com eletricidade. A Continental utiliza energia solar proveniente de painéis fotovoltaicos e eletricidade renovável da rede elétrica para a geração de vapor.

Anteriormente, o gás natural era utilizado como única fonte de energia para a geração de vapor na fábrica de pneus de Lousado. Na indústria de pneus, grande parte da energia consumida é utilizada para gerar vapor, necessário para dar forma aos pneus, processo conhecido como vulcanização. A energia térmica transforma a borracha bruta em borracha flexível e elástica. Com uma capacidade de produção anual de 18 milhões de pneus, a fábrica de Lousado é uma mega fábrica. Até 2040, o mais tardar, a Continental pretende mudar completamente todas as fábricas de pneus para processos de produção neutros em CO2.

 “Em Lousado estamos a demonstrar que mesmo as fábricas de pneus de grandes dimensões podem atingir uma produção neutra em termos de CO2. Para isso, a disponibilidade de fontes de energia renováveis a preços competitivos é crucial”, explicou Bernhard Trilken, responsável pela unidade de negócios de manufatura e logística. E acrescentou: “Estamos a preparar todas as nossas fábricas para que possam utilizar o máximo possível de energia renovável. A entrada em funcionamento da nossa caldeira elétrica a vapor em Lousado é o início de uma emocionante curva de aprendizagem.

A nova caldeira elétrica a vapor converte energia solar e outra eletricidade verde em vapor quase sem perdas. A água é bombeada da parte inferior da caldeira para o topo, onde é pulverizada nos elétrodos. A corrente elétrica flui através dos jatos de água e cria calor dentro dos reservatórios da água até que ela se evapore em vapor.

Continental UltraContact NXT - Key visual-1(1)

Uma caldeira a gás convencional continuará disponível, além da nova caldeira elétrica a vapor. Isto permite à Continental reagir de forma flexível à disponibilidade oscilante de energias renováveis e a outros fatores ambientais.

“A nossa unidade em Lousado beneficia do facto de o sol brilhar com frequência. Isto permite-nos alcançar uma produção de pneus usando totalmente energia elétrica e neutra em CO2 sempre que possível”, afirmou Pedro Carreira, presidente do Conselho de Administração da Continental Mabor em Lousado. Acrescentou ainda que “todas as fábricas de pneus da Continental estão a trabalhar muito para tornar a produção cada vez mais sustentável e energeticamente eficiente. Cada unidade fabril tem de lidar com uma grande variedade de condições, tais como as condições meteorológicas ou a disponibilidade de fontes de energia renováveis.”

Em Lousado o sol aquece-nos em média sete horas por dia. No inverno, a média é de quatro horas. Para efeito de comparação: em Berlim, o sol brilha apenas 1,8 horas por dia no inverno.

Energia livre de emissões

Como resultado de muitos anos de esforços, a Continental Tires alcançou uma posição de liderança no setor no que diz respeito ao consumo de energia por tonelada de pneus produzidos, em comparação com a média do setor. Este é o resultado de um exercício de benchmarking interno da Continental com o consumo médio de energia dos principais fabricantes de pneus do mundo, conforme relatado pelo Projeto da Indústria de Pneus do Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável. Só em 2023, o setor de pneus da Continental reduziu as suas necessidades anuais de energia num total de cerca de 150 gWh, graças a 160 projetos de poupança de energia. Isto foi conseguido através de medidas como, por exemplo, isolamento térmico. Quando calculados, 150 gWh equivalem ao fornecimento médio anual de eletricidade de 12.500 residências unifamiliares.

A ambição da Continental Tires até 2030 é reduzir o seu consumo de energia em 20% em relação a 2018. A Continental pretende alcançar uma produção com impacto neutro no clima até 2040, o mais tardar. Desde o final de 2020, a eletricidade que a empresa compra para todas as unidades do mundo já provém de fontes de energia renováveis e é neutra para o clima. Para este efeito, são obtidas garantias de origem de acordo com os critérios da Iniciativa global RE100.

Lousado tem longa história

Além do UltraContact NXT, o pneu de série mais sustentável até à data, são fabricados na fábrica de Lousado pneus para automóveis, para máquinas agrícolas e fora de estrada. Com mais de 30 anos de história em Portugal, a Continental é um parceiro confiável que valoriza a sua história e está comprometido com a inovação tanto no fabrico de pneus como na tecnologia automóvel.

A Continental desenvolve tecnologias e serviços pioneiros para a mobilidade sustentável e conectada de pessoas e seus bens. Fundada em 1871, a empresa de tecnologia oferece soluções seguras, eficientes, inteligentes e acessíveis para veículos, máquinas, trânsito e transporte. Em 2023, a Continental gerou vendas de 41,4 mil milhões de euros e emprega atualmente cerca de 200.000 pessoas em 56 países e mercados.

As soluções de pneus do setor de pneus do Grupo tornam a mobilidade mais segura, mais inteligente e mais sustentável. O seu portfólio premium abrange pneus para carros, camiões, autocarros, duas rodas e pneus especiais, bem como soluções e serviços inteligentes para frotas e retalhistas de pneus. A Continental oferece desempenho superior há mais de 150 anos e é um dos maiores fabricantes de pneus do mundo. No ano fiscal de 2023, o setor do grupo pneus gerou vendas de 14 mil milhões de euros. A divisão de pneus da Continental emprega 56.000 pessoas em todo o mundo e possui 20 locais de produção e 16 locais de desenvolvimento.

PR


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