Nascido em 1970, o imponente e atraente Citroën SM resultou da colaboração entre icónicos construtores franceses e italianos, tendo levado o vanguardismo ao seu auge e conquistado um lugar muito particular e especial no seio da indústria automóvel.
Não podendo deixar de assinalar o marco do seu meio século de história, a DS Automobiles e DS Heritage exibiram três SM junto ao DS X E-Tense, no Salão Retromobile 2020, evento anual obrigatório para os entusiastas de automóveis.
Apresentado no Salão de Genebra de 1970, o SM surgiu como digno herdeiro do DS. Uma das suas grandes inovações foi a direcção assistida com memória, que tinha a característica especial de se tornar mais pesada com o aumento da velocidade, sendo particularmente leve e directa em cidade e mais estável a altas velocidades.
Meio século depois, o SM é um modelo mais do que emblemático, podendo mesmo ser considerado um verdadeiro objecto de culto. O conforto e comportamento dinâmico fazem do SM um carro muito moderno. As suas linhas, tanto no exterior como no interior, mantêm-se na vanguarda, com destaque para o pedal de travões em forma de cogumelo, o suave sistema hidráulico e a direcção assistida variável. A crença popular atribui o fim da sua comercialização ao súbito aumento dos preços dos combustíveis, devido à crise petrolífera, mas a verdade é que o SM continua a ser um dos GTs mais eficientes da sua época. A DS Automobiles nasceu do mesmo desejo de incutir iguais níveis de vanguardismo, requinte e tecnologias avançadas nas suas criações contemporâneas.
Georges Pompidou – Presidente da República Francesa aquando do lançamento do SM –, Leonid Brezhnev, o Xá do Irão, Haïlé Sélassié (Imperador da Etiópia), Burt Reynolds, John Williams, Johan Cruyff, Bernard Pivot, Line Renaud ou Jay Leno são algumas personalidades que possuíram, ou ainda possuem, um SM. Por sua vez, Daniel Craig elege o SM como o carro dos seus sonhos.
