Os dois sindicatos representativos dos profissionais que transportam matérias perigosas e mercadorias decidiram entregar um pré-aviso de greve numa reunião que se realiza a 15 de Julho, onde vão estar representantes do SNMMP e SIMM, da Associação Nacional de Transportes Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM), da FECTRANS e do Ministério do Trabalho, Infra-estruturas e Economia.
A lista de reivindicações que ficou fechada no congresso será apresentada ao mesmo tempo que a ameaça de uma paralisação a iniciar dia 12 de Agosto, sem data definida para acabar. Segundo a Lusa, a proposta "prevê um aumento do salário base de 100 euros nos próximos três anos (1.400 euros brutos para 2020, 1.600 para 2021 e 1.800 para 2022), melhoria das condições de trabalho e pagamento das horas extraordinárias a partir das oito horas de trabalho, entre outras medidas".
Pedro Pardal Henrique, que sido a cara do SNMMP considera que a ANTRAM não tem respeitado aquilo que ficou decidido, dizendo à comunicação social: "Andam, fazem promessas e continuam a não cumprir as promessas e a ultrapassar tudo aquilo que é legal. Os motoristas estão a fazer isto porque não estão satisfeitos com as condições" e garante ainda que a greve "é a bomba atómica que temos do nosso lado”.
A ANTRAM já reagiu a esta nova ameaça de greve por parte dos sindicatos, adiantando em comunicado que "esta posição do SNMMP e do SIMM não surpreende e era até já esperada, depois de na semana passada o processo negocial ter sido interrompido por iniciativa dos sindicatos que nem sequer aguardaram pelas respostas da ANTRAM às suas propostas no processo negocial que está a decorrer sob a tutela do Ministério Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, designadamente pela DGERT - Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho". Pode ler-se ainda que "a ANTRAM rejeita a acusação de que está a incumprir o acordado com os sindicatos que pretendem que esta greve venha a ocorrer".
Pode ler o comunicado da ANTRAM AQUI.
Imagem: Luís Rocha