“A ANTRAM não pode deixar de lamentar o âmbito da medida anunciada pela APCAP”, este é o primeiro parágrafo que a ANTRAM coloca no comunicado que fez chegar à Eurotransporte, referente ao desacordo que manifesta relativamente à medida tomada pela APCAP.
De facto, na sequência da informação veiculada em diversos meios de comunicação social segundo a qual a APCAP - Associação Portuguesa das Sociedades Concessionárias de Auto-Estradas ou Pontes com Portagens, onde anuncia que as empresas transportadoras de mercadorias podem agora passar a pagar as portagens mensalmente, face a uma moratória cujos efeitos decorrem durante o estado de emergência e que se prolongam aos três meses seguintes, gerou mal estar entre as empresas representadas pela ANTRAM, que levou esta Associação a fazer circular um comunicado onde manifesta essa mesma discordância.
Com efeito, segundo a ANTRAM, numa fase “crucial para a economia portuguesa, seria de esperar que empresas imunes ou parcialmente imunes ao risco - pelos contractos de concessão que têm, designadamente pelas cláusulas de compensação financeira por perdas de tráfego (direito que o Presidente da República, no último decretamento de Estado de Emergência se viu forçado a regular) - se dignassem a avançar com verdadeiras medidas de apoio às empresas de transporte público rodoviário de mercadorias”, pode ler-se no comunicado.
Relativamente à divulgação da medida, a associação representante dos transportadores de mercadorias refere que “a medida anunciada é claramente insuficiente e fica muito abaixo do esperado e do reclamado por esta Associação, desde logo junto do Ministério das Infraestruturas e da Habitação”.
Afirmando mesmo que “as empresas de transporte e os seus trabalhadores merecem mais respeito e ajuda, pela importância que tiveram, têm e irão continuar a ter em toda a cadeia de abastecimento, que permitiu manter a economia minimamente funcional, garantindo que nada falte aos portugueses”, afirma a ANTRAM.
A finalizar a associação refere no comunicado que “numa altura em que as autoestradas estão vazias, sem tráfego, o mínimo que se impunha era uma isenção das portagens para este tipo de viaturas de trabalho. Isso sim será aceitável e reflectirá o verdadeiro espírito de solidariedade. Disto mesmo iremos dar novamente conta ao Ministro das Infraestruturas e da Habitação”.
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