Rejuvenescimento do parque automóvel passa por política de incentivos

25 janeiro 2024
2min.

ACAP pede que sejam atribuídos subsídios à compra de veículos elétricos e implementada a medida que já consta no OE para 2024 de incentivos ao abate de carros antigos e mais poluentes

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Hélder Pedro, secretário geral da Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP) sublinhou esta manhã, em Lisboa, que para o cumprimento dos imperativos ambientais de redução de emissões de CO2 no setor rodoviário estará comprometido se não for acelerado o rejuvenescimento do parque automóvel português, apontando no imediato a reintrodução de medidas de incentivo ao abate de veículos em fim de vida e à aquisição de automóveis novos e eletrificados, bem assim como a redução da carga fiscal para a compra dos mesmos e a implementação de um observatório permanente para monitorizar a rede de carregamento, sob a supervisão da Mobi.E.

Na sua alocução, o dirigente da ACAP, que falava no Fórum do Retalho Automóvel, sublinhou que a principal medida já está contemplada na Lei do Orçamento do Estado, que pressupõe a dotação, a cargo do Fundo Ambiental, de 129 milhões de euros, para o abate de veículos ligeiros, sugerindo ao Governo em exercício que a implemente quanto antes.

Hélder Pedro sublinhou que tal medida resultaria numa poupança energética anual de 3,2 milhões de litros de combustível, ou o equivalente a mais de 33 mil barris de petróleo e evitando a emissão anual aproximada a 11 mil toneladas de CO2.

Contextualizando a problemática da antiguidade do parque automóvel nacional, Hélder Pedro assinalou que para tal tem contribuído a crescente importação de veículos usados. Sem contestar a legalidade de tal importação, sublinhou que a maioria daqueles veículos já conta com muita quilometragem e, em média, já ultrapassam os sete anos de vida. As estatísticas do mercado de veículos automóveis revelam que tal importação atingiu, em 2023, 109.562 veículos, número que representou 54,9% das vendas de veículos novos, rfeiterando que a renovação do parque tem de ser prioritária, lembrando que, em 2022, circulavam nas estradas em Portugal aproximadamente 1,5 milhões de veículos ligeiros de passageiros com mais de 20 anos de idade.

Leia mais sobre este assunto subordinado ao Fórum do Retalho Automóvel na próxima edição da revista EUROTRANSPORTE.


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