Cepsa anuncia mudança de designação para Moeve

30 outubro 2024
7min.

A energética espanhola afiança que a nova marca reflete o seu compromisso de ser uma referência para a transição energética na Europa, especialmente no domínio do hidrogénio verde, dos biocombustíveis 2G e da mobilidade elétrica ultrarrápida.

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A Cepsa anunciou acaba de anunciar a mudança do seu nome para Moeve, apostando na transformação da companhia para se tornar um dos líderes da transição energética europeia, refletindo essa evolução o resultado da sua estratégia Positive Motion para 2030 e o seu total compromisso com a energia e a mobilidade sustentável.

Esta alteração responde também ao seu objetivo de acelerar a sua descarbonização e a dos seus clientes, através de um investimento até 8 mil milhões de euros, dos quais mais de 60% serão destinados a negócios sustentáveis, como a produção de hidrogénio verde, segunda geração de biocombustíveis (2G) e produtos químicos sustentáveis, bem como carregamento elétrico ultrarrápido.

Desde o lançamento da sua estratégia Positive Motion em março de 2022, a companhia avançou um grande número de projetos e desenvolveu um ecossistema de alianças com mais de 60 companhias de vários setores, para promover as diferentes cadeias de valor e a implementação destes projetos. A companhia está a desenvolver o Vale Andaluz de Hidrogénio Verde, o maior projeto apresentado até à data na Europa, que em 2030 espera ter uma capacidade de 2.000 MW. Além disso, promoveu a criação do primeiro corredor marítimo entre os portos de Algeciras e Huelva com o porto de Roterdão para ligar o sul e o norte da Europa e está a trabalhar no desenvolvimento de novas fábricas verdes de metanol e amoníaco juntamente com os seus parceiros.

Da mesma forma, está a desenvolver aquele que será o maior complexo de biocombustíveis 2G do sul da Europa, localizado em Palos de la Frontera (Huelva), com uma capacidade de produção anual de um milhão de toneladas de combustível de aviação sustentável - SAF - e diesel renovável - HVO -. Atualmente, a Moeve já comercializa estes combustíveis sustentáveis em sete dos principais aeroportos espanhóis e em mais de 60 portos que opera no país. A energética avança também com os seus parceiros no desenvolvimento de cerca de 30 centrais de biometano em Espanha e em projetos de valorização de resíduos para a produção deste biogás, um substituto do gás natural.

A rede de estações de serviço Moeve conta já com mais de 160 pontos de carregamento ultrarrápido em funcionamento e prevê terminar o ano com 400 construídos, para o desenvolvimento de uma das maiores redes de carregamento elétrico ultrarrápido de todo o território espanhol e português.

Paralelamente, está a realizar uma ambiciosa transformação dos pontos de contacto com os clientes, alargando a sua oferta de alternativas energéticas, bem como novos serviços de restauração, recolha de encomendas e lojas. A companhia está a transformar o seu portefólio de produtos químicos em soluções cada vez mais sustentáveis. Especificamente, já produz e comercializa LAB (base para o fabrico de detergentes biodegradáveis) e fenol a partir de matérias-primas e fontes de energia renováveis. Além disso, está a construir uma fábrica de álcool isopropílico (IPA) em Huelva, base para o fabrico de géis hidroalcoólicos, que será a primeira instalação deste tipo em Espanha que utiliza hidrogénio verde e é capaz de substituir matérias-primas de origem fóssil por materiais sustentáveis.

A companhia anunciou este ano a venda dos seus ativos de exploração e produção na Colômbia e no Peru, após o desinvestimento realizado em Abu Dhabi em 2023, o que representa a venda de cerca de 70% dos seus ativos de produção de petróleo face a 2022 . Nesse sentido, a companhia anunciou também em Agosto último a venda da sua subsidiária de butano, propano e autogás (Gasib).

Maarten-Wetselaar-CEO-de-Moeve

Para Maarten Wetselaar, CEO da Moeve, “hoje é um dia histórico para a família de mais de 11 mil profissionais que compõem a companhia. Mas também para os nossos clientes, parceiros, fornecedores e outros grupos de interesse, para os quais queremos contribuir com um impacto positivo. Tenho o prazer de comunicar a mudança de uma grande marca, a Cepsa, que está connosco há mais de 90 anos, para dizer ao mundo que nos estamos a transformar num outro tipo de organização, a Moeve, na qual a maior parte do seu lucro provirá de atividades sustentáveis no final desta década. Uma companhia próxima e colaborativa que nos últimos dois anos acelerou a sua transformação, atingindo múltiplos marcos no âmbito da sua estratégia Positive Motion para 2030. Face a estes progressos e aos que faremos no futuro, apresentamos uma nova marca que reflete o nosso firme compromisso de sermos líderes na transição energética na Europa, especialmente no domínio das moléculas verdes, como o hidrogénio verde e os biocombustíveis 2G, e na mobilidade elétrica ultrarrápida.”

Da mesma forma, o chefe do executivo garantiu: “Hoje lançamos Moeve como símbolo do nosso próximo passo na história do sector energético. Nascemos com a sigla Compañía Española de Petróleos SA em 1929 para construir a primeira refinaria em Espanha e liderar a primeira transição energética, e durante quase um século a Cepsa desempenhou um papel decisivo como motor do progresso e do crescimento económico em Espanha. Hoje, porém, o mundo precisa de outro tipo de soluções energéticas mais sustentáveis. Moeve permite-nos encarar o futuro com mais certeza e confiança, mantendo um compromisso claro com os nossos clientes: ampliar a oferta de soluções energéticas sustentáveis e acessíveis, facilitando a sua descarbonização, e assim avançarmos juntos na nova transição energética para alcançar um mundo melhor.

PR


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