A propósito da entrada em vigor, no passado dia 13 de abril, do Regulamento relativo à criação de uma Infraestrutura para Combustíveis Alternativos (AFIR), a Mobi.e organiza esta sexta-feira (19 de abril), o evento MOBIE.Connect no dia em que comemora o seu 13.ª aniversário.
Com o mote "O Agora É Elétrico", o evento juntou o setor para discutir a realidade da mobilidade elétrica em Portugal e ainda os desafios colocados na adoção deste regulamento.
Luís Barroso, presidente da MOBIE.E abriu as hostilidades, seguindo-se uma mesa redonda sobre "O Impacto do AFIR na Península Ibérica" que reuniu Arturo Perez de Lucia, Secretário-Geral da AEDIVE, Giovanni Ravina, CEO da Ibéria Atlante e Alexandre Videira, Administrador da MOBI.E.
Giovanni Ravina considera que Portugal está em condições de cumprir os objetivos do regulamento, uma vez que vai um passo à frente. O próximo desafio prende-se com a criação de um sistema de pagamento mais agregador.
Ainda houve espaço para as talks “O Futuro da Indústria”, de Ricardo Oliveira, da plataforma World Shopper, e “Como Promover um Clean Future”, de Gil Azevedo, da Unicorn Factory Lisboa, que exploraram os avanços da mobilidade sustentável, destacando a integração de tecnologias emergentes, enquanto abordam a importância de promover um futuro limpo, sugerindo soluções mais ecológicas para os desafios ambientais associados à mobilidade.
A iniciativa contou com parceiros de renome, como a Brisa, a SIBS, a BYD, o Pingo Doce, em parceria com a Atlante (empresa que está a desenvolver a maior rede de carregamento rápido e ultrarrápido do sul da Europa), a Associação Portuguesa de Operadores e Comercializadores da Mobilidade Elétrica (APOCME) e a I-Charging.
"Achámos que neste momento em que o regulamento europeu foi aprovado, faria todo o sentido, até porque há muitas dúvidas sobre os impactos dele no nosso ecossistema, reunir todos os nossos stakeholders para de uma forma aberta discutirmos não só o que é que já fizemos, como também os desafios que temos pela frente. Portanto, pareceu-nos que faria todo o sentido e a prova disso é a adesão que tivemos", referiu Luís Barroso, em declarações à Eurotransporte, sobre o objetivo da realização desta iniciativa.
Sobre os combustíveis que estão a ser pensados em torno da mobilidade sustentável, o presidente da Mobie.E afirmou: "A grande aposta que o AFIR tem é na eletricidade, tanto para veículos ligeiros como para veículos pesados, pesados de médio e longo curso, e aí vem pôr imposições claras desde haver postos de carregamento de 60 km, que nós em Portugal já temos, nas principais vias de ligação à Europa, chamadas redes transeuropeias de transportes; a questão da potência, que até ao final do próximo ano temos que ter 400 kW de potência e depois tem que evoluir até 2027 com 600 kW."