A presidente do Conselho de Administração do Porto de Aveiro, Fátima Alves, deu conta dos “projectos mais emblemáticos” que vão guiar a estrutura portuária rumo a um “futuro mais robusto e sustentável em termos económicos, ambientais, organizacionais e sociais”. O mais importante, sem dúvida, será a futura Zona de Actividades Logísticas e Industriais (ZALI), assumida como “a maior aposta para a expansão e desenvolvimento do porto”.

Dirigindo-se a potenciais investidores privados, a responsável descreveu a ZALI como um espaço com 14 parcelas disponíveis para comercialização numa área de 45 hectares, dispondo de 800 metros de frentes de cais. Será, assegurou, uma “plataforma logística portuária ímpar em Portugal”, fornecendo ligações marítimas e rodo-ferroviárias “competitivas” aos mercados internacionais.

A ZALI, que sairá do papel também ao abrigo da “estratégia nacional de reindustrialização”, é vista como uma arma para captar investimento privado, reforçar as exportações e gerar postos de trabalho, afirmou a dirigente portuária. Outra bandeira desta zona de expansão é ambiental – será, acrescentou Fátima Alves, “a primeira zona industrial e logística de carbono zero”. A ZALI integra o primeiro eixo de desenvolvimento estratégico “em que se alicerçam os investimentos mais significativos para a próxima década”, a par com a melhoria das condições de navegabilidade e com o reforço da conectividade marítimo-ferroviária. Em curso está a elaboração de um estudo de melhoria das condições de navegabilidade da barra para responder ao aumento da procura de navios de maior dimensão e maior boca, adiantou. Por outro lado, está em revisão o projecto de construção do terminal intermodal ferroviário, visando prepará-lo para receber composições de 700 metros.

O segundo eixo é a transição energética e a digitalização. O objectivo, no primeiro caso, é a “transformação verde de toda a cadeia de transporte marítimo” assente em acções concretas como a produção e fornecimento de energias renováveis, a disponibilização de biocombustíveis avançados e a
adopção de medidas para a eficiência energética em edifícios e actividades. Na sua comunicação de aniversário, Fátima Alves realçou a “vocação industrial” que o Porto de Aveiro possui actualmente e o “diferencia no panorama nacional”.

Lembrou ainda que a estrutura portuária iniciou o ano de 2021 com uma “marca histórica”, graças às 545 mil toneladas movimentadas no mês de Janeiro. “Queremos continuar esta trajectória de crescimento”, disse.
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