A Eurowag, empresa de soluções de transporte rodoviário comercial, partilha os principais critérios que o combustível deve cumprir para não representar um risco para a segurança. Por muito organizado e esteticamente agradável que seja um posto de abastecimento, não é isso, realmente, que determina se o combustível que sai das mangueiras tem qualidade. Nesse sentido, é essencial dispor de conhecimentos de base para conseguir escolher fornecedores de combustível fidedignos.
Reconhecer o bom combustível começa por conhecer as normas internacionais básicas da qualidade do combustível. No caso do combustível diesel/gasóleo, a norma EN 590 da União Europeia é obrigatória. Esta norma prossupõe uma avaliação a diferentes requisitos técnicos sobre várias propriedades do gasóleo: características físicas, químicas e de desempenho. No caso de não cumprir os limites destes parâmetros, o combustível pode representar um potencial perigo para o estado dos veículos e/ou para o ambiente circundante – além de poder ser o produto de atividades fraudulentas.
“O combustível fornecido nas estações de serviço da Eurowag respeita a Diretiva da UE relativa à qualidade dos combustíveis. Assim, certificamo-nos de que os combustíveis cumprem os requisitos de qualidade garantindo que os veículos podem ser conduzidos em segurança. São realizadas análises periódicas aos combustíveis e todos os controlos obrigatórios são efetuados nas nossas instalações. A nossa equipa tem formação sobre os procedimentos adequados para o manuseamento do combustível, a segurança e a identificação de potenciais problemas que possam afetar a qualidade. Dispomos de canais abertos para os nossos clientes comunicarem quaisquer problemas ou preocupações relacionadas com a qualidade do combustível. Respondemos fornecendo informações claras e transparentes sobre o tipo de combustível oferecido”, comenta Luíz García, Diretor de Fornecedores e Operações na Península Ibérica e em França.
Para compreender melhor os parâmetros que determinam a qualidade do gasóleo, há dois aspetos importantes a ter em conta: o ponto de entupimento do filtro frio, e o ponto de inflamação.
Violações de qualidade sazonais: ponto de entupimento do filtro frio
O ponto de entupimento do filtro frio (Cold Filter Plugging Point - CDPP) avalia o comportamento e resistência do combustível a baixas temperaturas, como as registadas no inverno. O teste de “filtrabilidade” mede o valor de temperatura mais baixo que o gasóleo consegue suportar sem prejudicar o veículo. Ao aproximar-se do limite máximo – do ponto de entupimento do filtro frio – o gasóleo começa a formar cristais que pode resultar em dificuldades no fluxo de combustível para o motor, o que afeta diretamente o desempenho do veículo. Estas violações são consideradas involuntárias, pois o combustível não causa outros danos. Ainda assim, quando descoberto por um órgão de fiscalização nacional, o fornecedor é por norma moderadamente penalizado. Como regra, quanto mais baixo o CFPP, melhor será o combustível em condições de baixa temperatura.
Má gestão e tratamento do combustível: ponto de inflamação
O ponto de inflamação (FlashPoint – FP) é uma medida de segurança que avalia os riscos de incêndio e explosão associados a um determinado combustível. Esta medida refere-se à temperatura mínima à qual o vapor libertado por um combustível líquido pode inflamar-se quando entra em contato com o ar e/ou um ponto de ignição. Para garantir a máxima segurança é essencial que o combustível esteja a uma temperatura superior a 55º. No entanto, alguns fatores podem comprometer esta medida de segurança. Um dos exemplos mais preocupantes resulta da junção entre gasóleo e gasolina. Neste caso, a gasolina, por ter uma menor temperatura de inflamação ao entrar em contacto com o gasóleo, diminui o seu ponto de inflamação. Isto pode criar condições propícias para a inflamação, tornando o combustível mais suscetível a incêndios ou explosões. Além disto, esta mistura pode reduzir a lubrificação que protege contra o desgaste das bombas de combustível e dos injetores, causando danos irreversíveis. Deste modo, para evitar riscos de segurança, é crucial armazenar e manusear diferentes tipos de combustíveis de forma adequada, evitando a contaminação cruzada.
Adulteração do combustível
A escolha do posto de abastecimento é importante e deve implicar ter em conta se o local é ou não um sítio de confiança. Muitas vezes os consumidores são atraídos por preços mais baixos, mas isso também pode significar que o combustível não é de qualidade. Na verdade, uma das maiores estratégias utilizadas para a redução de preço é o recurso à adulteração de combustível. Esta técnica consiste em misturar componentes mais baratos com os que já estão presentes no combustível. O problema está no facto de estes componentes não cumprirem os mesmos requisitos de qualidade: excedem o ponto de ebulição, têm um teor de enxofre mais elevado e contém outros contaminantes. Esta mistura torna, assim, o processo de combustão mais difícil e além disso deixa resíduos de carbonização colocando em causa a saúde do motor.
A solução para abastecer o seu veículo com combustível de confiança é tirar partido de postos de abastecimento que cumpram todos os critérios de qualidade impostos pela norma EN 590, nomeadamente as indicadas acima, como é o caso dos disponibilizados na rede de aceitação da Eurowag.
“Como referido acima, certificamo-nos de que cumprimos todas as regras e regulamentos. São efetuados testes e análises de manutenção de forma regular. Além de todos os critérios mencionados, garantimos que a compra dos nossos combustíveis é feita a fornecedores fiáveis e reconhecidos na indústria, o que contribui para a qualidade do produto final”, acrescenta Luíz García.
PR